Censo demográfico feito pelo IBGE começou nesta segunda em todo país
Projeto tem dois anos de atraso após pandemia e cortes para realização por parte do governo federal. A pesquisa havia sido adiada outras duas vezes: em 1930, e em 1990, quando foi prorrogado para 1991.
O Censo Demográfico, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) começou nesta para segunda-feira (1), em todo país e vai até outubro.
Em Nova Lima, de acordo com previsão do instituto para o ano passado serão aproximadamente 97.378 pessoas entrevistadas. Coleta dos dados servirão de subsídios para que estados, municípios e a União possam formular políticas públicas.
A aplicação do Censo ocorre a cada dez anos, sendo a última feita em 2010, com seguinte programada para 2020, sendo adiada para o ano passado por causa da pandemia, o que não aconteceu devido a cortes no orçamento do instituto, que alegou falta de condições para realização do mesmo. O orçamento mínimo considerado pelo IBGE para realizar o Censo em 2020 era de R$ 3,4 bilhões. Em 2019, o governo federal derrubou para R$ 2,3 bilhões o montante disponível para a realização da pesquisa.
Censo
O recenseamento da população é feito desde 1808, visando atender especificamente a interesses militares, de recrutamento para as Forças Armadas. Porém, em virtude de sua maior complexidade e, sobretudo, do controle a que foi submetida toda a operação, o recenseamento realizado em 1872, denominado Censo Geral do Império, é considerado o primeiro efetuado no País, tendo sido conduzido pela então Directoria-Geral de Estatística.
O Censo é um conduzido por um Questionário de pesquisa e conta com 26 questões e investiga as principais características do domicílio e dos moradores. Além disso, uma parcela dos domicílios é selecionada para responder ao questionário da Amostra, que conta com 77 questões. A investigação nos domicílios selecionados, efetuada por meio do Questionário da Amostra, inclui, além dos quesitos presentes no Questionário Básico, outros mais detalhados, bem como quesitos sobre temas específicos: características dos domicílios, identificação étnico-racial, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, migração interna ou internacional, educação, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento, deslocamento para trabalho, mortalidade e autismo.
Serão investigados cerca de 78 milhões de domicílios particulares permanentes do País. O questionário da amostra será aplicado em aproximadamente 11% desse contingente, ou seja, cerca de 8,5 milhões de domicílios.
Entrevistadores estarão uniformizados e podem ser identificados pela internet ou telefone
Os recenseadores (que conduzem as perguntas) estão devidamente uniformizados, com o colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e o DMC. Neste ano, a novidade é que será possível confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Ambos constam no crachá do entrevistador, que também traz um QR code que leva à área de identificação no site. Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.
Vagas em aberto
O IBGE prorrogou para 3 de agosto o fim do prazo de inscrições do processo seletivo complementar para recenseadores, cujo edital foi divulgado no dia 28, com São 15.075 novas vagas para trabalhar no Censo 2022. Segundo o instituto, trata-se de um processo complementar, que oferece vagas ainda não preenchidas em diversos municípios do país. A previsão de duração do contrato é de até três meses, podendo ser prorrogado, com base nas necessidades de conclusão das atividades.
A jornada de trabalho recomendável para a função de recenseador é de, no mínimo, 25 horas semanais, além da participação integral e obrigatória no treinamento.
A remuneração será por produção, calculada dependendo da região das unidades recenseadas (domicílios urbanos e/ou rurais), do tipo de questionário (ampliado ou simplificado), das pessoas recenseadas e do registro no controle da coleta de dados