Em carta, ex-vereador Flávio fala em “coerência e devoção” ao sair do PT
O ex-parlamentar em Nova Lima, Sd. Flávio de Almeida, que anunciou na semana passada sua saída do Partido dos Trabalhadores, no qual foi vereador por três mandatos, emitiu uma carta para falar da sua saída da agremiação, que abriga seu filho, Thiago de Almeida, presidente da Câmara.
De acordo com Flávio, foram “muitos anos na dor, na tristeza e na alegria, com coerência e devoção, além de momentos inesquecíveis da vida pública, com ou sem o mandato de vereador”.
Almeida dividia a cadeira de vereador com o comando da Creche Comunitária São Judas Tadeu, no bairro Jardim Canadá, região Nordeste, de onde também consquistou seu capital político, enquanto liderança comunitária. No período do governo de Vitor Penido, por questões políticas, a creche ficou sem repasse municipal, colocando em risco o atendimento no local que contempla mais de 600 famílias.
Histórico de luta
Na carta, Flávio falou de lutas em nível local e nacional, já que foi secretário de segurança pública no governo Carlinhos Rodrigues. Ele também falou do enfrentamento ao golpe sofrido pela ex-presidenta Dilma, eleita pelo PT.
“Passamos por crises locais e em nível nacional. Superamos unidos o golpe sofrido pela nossa presidenta Dilma Rousseff, deposta injustamente do cargo em 2016; outro golpe que impediu o presidente Lula de disputar a eleição em 2018, a sua prisão arbitrária, o martírio.
Ele também citou que “iniquidade e arbitrariedade fazem parte do jogo político”, mas que não foram esses os motivos da sua desfiliação. “Tudo um dia passa. Partidos, mandatos, poder, afirmou o ex-parlamentar.
“A vida pública ensina que, precisamos, antes de tudo, da necessidade de desbravar novos horizontes, ouvir novas ideias, superar as questões partidárias. Viva a democracia”, pontuou Almeida, dando a entender que deve continuar na política, porém sem anunciar uma nova colocação em algum partido.
A principal atividade política atual de Flávio é seu filho, que em janeiro assumiu a presidência da Câmara de Nova Lima. Mesmo com sete mandatos na Casa, ele nunca esteve na Mesa Diretora.