Raposos: Mulher encontrada morta no mês passado morreu asfixiada por próprio casaco, aponta Polícia Civil

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As investigações apontam para uma vingança que envolve duas famílias relacionamentos amorosos e morte no passado.

Parte de equipe da PCMG que atou no caso: Tiago Lucas (Inspetor Regional), Sub Inspetor: Aldo Cesar, Daniel Balthazar Coutinho (Delegado), Roberto Alves Barbosa Junior (Delegado Chefe do 3ºDP), Karina Resende Vorcaro (Delegada Regional)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), esclareceu na tarde desta quarta-feira (10), as circunstâncias da morte de Samia Junia, de 36 anos, que poderia estar grávida e foi encontrada em um área de mata, no bairro Várzea da Palma, em Raposos, no dia 14 do mês passado. Uma cunhada e a enteada da vítima foram presas acusadas do crime nesta terça, dia 9.

As informações foram repassadas pelo Delegado Daniel Balthazar Coutinho, responsável Delegado Titular 1ª Delegacia de Polícia, da cidade vizinha. De acordo com Balthazar, as investigadas pelo crime, F.K.L.S (39) e I.L.F.A (21), já tem passagens policiais por tráfico de drogas e tortura e arquitetaram a morte por desavenças familiares, que envolve relacionamento amoroso.

Com depoimentos colhidos entre e crime e a prisão foi possível apontar que Samia viveu no passado um relacionamento abusivo, que culminou na morte do seu então companheiro amoroso, através de seu irmão [de Samia]. Passado o tempo, ela começou a se relacionar com o irmão do seu antigo companheiro [seu ex-cunhado], o que gerou atrito na família do homem.

O Delegado afirmou em coletiva nesta quarta, que a PCMG iniciou as investigações assim que acionada e obteve acesso inclusive a imagens que mostram as mulheres se dirigindo ao local do crime por volta de 6h:50.

Foi então que as duas mulheres planejaram matar Samia como vingança ao passado e por estar novamente na família. Em depoimento, elas afirmaram serem usuárias de drogas e que esse foi o motivo pra atrair a vítima para área de mata.

No corpo da vítima foram encontrados ferimentos de por queimadura. Há suspeita que ele estivesse grávida (de aproximadamente cinco meses, mas ainda está pra se confirmar a informação. Há suspeita que há vítima morreu por asfixia, já que uma das investigadas afirmou ter dado um ‘mata-leão’ na vítima e enrolou no pescoço um casaco da mulher assasinada.

Delegado Daniel Balthazar Coutinho

No depoimento colhido pela Polícia Civil, a enteada (21) e a cunhada de (38), afirmaram que a intenção era “apenas dar um susto” em Samia. Polícia contesta versão. Há suspeitas ainda, de acordo com uma fonte ouvida pelo Portal repórter Luis Dutra, é que elas teriam tentado atear fogo na vítima, que tinha parte do cabelo queimado.

Depoimentos colhidos durante investigação provaram que a intenção das autoras era de matar a mulher.

Delegado responsável pelo caso

De acordo com Balthazar, as duas mulheres presas preventivamente (sem prazo determinado) devem responder pelo crime de homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 30 anos, podendo ser agravada pelo aborto contra a vontade da vítima, que poder acrescer de três a dez anos como pena. Se condenadas podem pegar até 40 anos de prisão cada uma.

As duas investigadas foram levadas para o presídio de Vespasiano. A mulher de 38 anos já tem passagem por tráfico de drogas e a de 21 anos, por tortura, envolvida no caso ainda menor de idade.

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