Teatro-Musical Nhoque, da Cia de Teatro Armatrux retorna com novidades em apresentação no Vale do Sol

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Espetáculo Nhoque. Foto: Gustavo Muniz/Divulgação

O Grupo de Teatro Armatrux volta a cena no dia 1º de julho, com o espetáculo Nhoque, no Jardim do C.A.S.A. – sede da companhia no Bairro Vale do Sol, às 19h.

A nova montagem, para todas as idades é um grande musical no estilo Armatrux e seu teatro de imagens. Em cena, atores, uma banda de bonecos, projeções, dança e muita música. No repertório, assinado por John Ulhoa (Pato Fu) e Richard Neves, clássicos de Tim Maia, Vander Lee, Sidney Magal e Evaldo Braga, e ainda, composições exclusivas.

A direção geral é de Paula Manata e a apresentação possui acessibilidade em libras. Os acesso gratuito aos jardins do C.A.S.A é a partir das 16h30, sujeito a lotação, com DJ, recreação para crianças e o funcionamento do Restaurante Final do Bonde, que fica localizado no Mercado Novo, em BH.

Além do espetáculo, o Grupo Armatrux ministra no dia 30 de junho, sexta, 9h às 12h, no C.A.S.A., a Oficina “O ator, o objeto e a cena”, voltada para atores em processo de formação, professores, estudantes de teatro e interessados em gera, com 20 vagas para alunos acima de 15 anos. Ministrante: Paula Manata. Inscrições pelo Sympla.

O projeto tem patrocínio do Instituto Vale Cultural, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização do Ministério da Cultura. De acordo com a atriz e fundadora da companhia, Paula Manata, as mudanças depois da estreia são inevitáveis.

Um espetáculo nunca está pronto. Isso que é bacana na essência de um grupo de teatro. Tudo está sempre se transformando, em movimento.

Entre as novidades, a diretora de “Nhoque” está os sinais de libras, incorporados pelos próprios atores, em algumas canções. A ideia, segundo a companhia, veio do desejo de ampliar a acessibilidade do trabalho por onde o grupo fosse, já que nem sempre é possível a presença do intérprete em todas as apresentações. “Por enquanto é uma experimentação, mas a proposta é que em breve a gente consiga fazer em todo o espetáculo, como uma linguagem integrada à cena, e não deslocada. Para isso, vamos precisar de muito estudo”, conta a diretora Paula.

Outras mudanças dizem respeito à dramaturgia: “os personagens Fã e Walter, feitos por Raquel Pedras e Cris Araújo, serão mais integrados à dramaturgia do musical.

O espetáculo no C.A.S.A. não foi à toa. “Na pandemia, fizemos um movimento e conseguimos nos aproximar da comunidade do entorno”, aponta Monata.

Espetáculo Nhoque


A encenação do musical chama a atenção pela versatilidade de linguagens e primor técnico, que, para a atriz Tina Dias, é resultado de muito trabalho em grupo: “Nhoque é bem contemporâneo e representa a construção de linguagem desses mais de 30 anos do Armatrux. O público se depara com a dança, o teatro físico, a música, a manipulação de objetos e de bonecos, linguagens que fomos experimentando em nossos espetáculos e aprimorando ao longo do tempo, e que, neste trabalho, aparecem em cena com a mesma importância”, afirma.
 
Durante o show-espetáculo, o público vai se emocionar com sucessos que marcaram os anos 70 e 80, entre eles, “Escrito nas estrelas”, “Meu sangue ferve por você”, “Sossego”, “Sorria, sorria”, e ainda, músicas autorais compostas especialmente para a montagem. A canção-tema intitulada Nhoque – de autoria do guitarrista John Ulhoa – propõe uma brincadeira sobre a vida e o ofício dos músicos. “Nhoque é uma sátira ao rock mais clichê, é feita em cima do riff mais básico de guitarra que alguém pode aprender. É perfeita pro Jão de Jones (boneco), o momento perfeito pra ele brilhar. Ao mesmo tempo, acho que transmite para crianças uma espécie de fundamento do rock, esse estilo que na verdade já é vovô”, conta John Ulhoa. Paula Manata acrescenta que “Nhoque também nos remete a coisa boa, gostosa de comer, de fácil digestão, assim como esse espetáculo e suas canções”, diz.
 
Conhecido também em todo Brasil por sua banda de bonecos, Armatrux retoma a linguagem no novo trabalho, só que com outros contornos, com dança e com movimentos livres e coreografados.

O boneco somos nós. É também um pedaço de espuma, é um pedaço de madeira; são objetos manipuláveis. O boneco é um grande ator, aquele que se permite ser manipulado, aquele que nos possibilita a criação, a criatividade, a ilusão.

Paula Manata

A oficina “O ator, o objeto e a cena”
Com o objetivo de estabelecer uma reflexão sobre a pesquisa de linguagem construída pelo Grupo Armatrux, durante sua trajetória de 30 anos, e aborda elementos do processo criativo da companhia, como exercícios físicos, jogos teatrais, jogos de percepção, estudo das relações cênicas entre ação e objeto e a técnica de improvisação.


 
Grupo

Formado em 1991, o Grupo Armatrux, vem ao longo desse caminho investindo em pesquisa teatral. Formado pelos atores Paula Manata, Tina Dias, Raquel Pedras, Cristiano Araújo e Rogério Araújo, sempre buscou a inovação em seus espetáculos e, ao longo dos anos, trouxe diferentes possibilidades para a cena, a cada montagem. O teatro físico, a música, o circo, o objeto, a dança e o boneco sempre fizeram parte da sua investigação cênica, resultando, assim, na criação de uma dramaturgia poética e imagética, bem original.


 
São 22 espetáculos, além de 3 curtas metragens e 1 exposição interativa. O Armatrux já se apresentou em vários no países, em todos as regiões brasileiras e em mais de 60 cidades do interior de Minas Gerais, totalizando um público de mais 600 mil pessoas em suas apresentações e oficinas, voltadas para o público adulto e infantil.

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