Tradição no estado, Charanga do Villa empurra torcida e time nos jogos

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A segunda Charanga com mais tempo de fundação no país, voltou a agitar os jogos do Villa Nova, dentro e fora de casa, embalando a torcida e o time dentro de campo.

O jornalista Luis Dutra falou com o representante da banda, o publicitário Pedro Henrique Lisboa Gomes, de 24 anos. Ele salientou “a responsabilidade” por ser parte do grupo e também da Banda União Operária e a honra do legado de José Acácio de Assis Costa, o “Zé Fuzil”, que tem seu nome na Escola de Música Municipal.

Para Lisboa, é “sempre emocionante”, principalmente em jogadas que levam perigo para o gol do adversário e já que o time é um patrimônio histórico da cidade.

Pedro afirmou também deve haver “um cuidado especial”, apresentando o trabalho durante todo o ano, “e não apenas em datas próximas ao Campeonato Mineiro ou outras competições do Leão do Bonfim”.

Confira a entrevista

Como é poder reviver uma história tão importante que é charanga com sua importância cultural para o Villa e a cidade?

É uma sensação maravilhosa, mas também carrega uma grande responsabilidade. Como músico da União Operária e conhecedor do legado deixado por José Acácio de Assis Costa, o eterno fundador e maior líder da Charanga, conhecido como ‘Zé Fuzil‘, é algo que eu jamais imaginei, especialmente por conta da minha idade e pelo fato de ser ritmista. No entanto, sempre acreditei que patrimônios como a Charanga do Villa merecem um cuidado especial. Eles devem estar em atividade durante todo o ano, e não apenas em datas próximas ao Campeonato Mineiro ou outras competições do Leão do Bonfim.

Acredito que o trabalho que desenvolvo na Charanga Vermelhô teve um impacto positivo, o que levou o Presidente do Villa, Anisinho, a confiar em mim para essa missão. Isso me permite, além de levar ao campo os músicos em quem mais confio, cuidar de um patrimônio tão importante para Nova Lima, com uma riqueza cultural que alcança nível nacional.

Como tem sido a emoção de embalar torcida e empurrar o time em campo?

É sempre emocionante! Desde quando comecei a tocar nos blocos, fui convidado a ir ao campo algumas vezes por alguns músicos. E como amamos o Villa de paixão, nos lances mais pegados ou quentes, você pode perceber que a Charanga às vezes dá uma atravessada ou sai do ritmo, mas voltamos rapidamente. Para nós, a emoção fica ainda mais aflorada porque estamos tocando, sabe? A música tem o poder de mudar o ambiente. Por exemplo, se o jogo está pegado, tocamos uma marchinha. Se o Villa está ganhando ou vence o jogo, tocamos ‘Vou Festejar’ da Beth Carvalho e assim vamos ajustando o ritmo conforme o jogo.

Como está sendo a aceitação do público?

Desde que criei o perfil da Charanga no Instagram, recebemos uma enxurrada de likes, comentários saudosistas e felicitações. No campo, a aceitação tem sido ainda mais calorosa, e dentro da Corporação Musical União Operária, além da aceitação a mesma através dos músicos, exala bastante orgulho. Afinal, uma das heranças de Fuzil voltou para perto da Corporação.

Gostaria também de agradecer a todos que seguem a Charanga no Instagram, que mandam mensagens de apoio, comentam e dão ideias de conteúdos. Muito obrigado a todos vocês!

Qual a formação da banda? Quantos músicos estão envolvidos?

A cada jogo, irão apenas oito músicos: seis instrumentos de sopro e dois ritmistas (caixa e surdo). A quantidade de músicos é um desafio, pois a cada dia irei diversificar. Contarei com meus irmãos da Corporação Musical União Operária e também com alguns músicos da Escola de Arte Corporação Musical Sagrado Coração de Jesus. Meu intuito é reunir os melhores músicos em atividade ao meu lado, assim conseguirei manter esse patrimônio vivo durante todo o ano.

Além disso, tive o apoio de diversas pessoas da cidade. Quero aproveitar este espaço para agradecer à Construtora Conem, Colt Brew, Hipercarnes, Bazar Art Bar, Laut Express Nova Lima, Luisinho Esporte, ML Autopeças, Silva e Nobre Advogados e Associados e à Gran Toro.

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